domingo, julho 01, 2012

Entevista Vitinho



Para os leitores e adeptos que não te conhecem como pudemos descrever o Vitinho como jogador? 
Eu não me sei descrever muito bem como jogador, o que posso dizer é que dou sempre tudo em campo seja em que jogo for e a que posição for.

Foste dos jogadores com mais anos de casa, que viveu bons e maus momentos durante os vários anos em que jogaste na formação. Qual o melhor momento que recordas? E aquele que foi o mais triste?
O melhor momento nestes anos que tive na formação do Académico foi sem dúvida esta última subida pelos juniores, visto que era o ultimo ano de camadas jovens e foi um campeonato muito disputado. O momento mais triste foi nesse mesmo ano quando o senhor Jorge Cunha, pai do Jorge que subiu a sénior também comigo, que era como um pai para mim, faleceu. Desanimou-me mas era preciso continuar a lutar pelo título e dedicá-lo a ele e ao filho, grande companheiro de equipa e um grande "irmão".

Após longos anos na formação, acabaste o teu percurso na formação e foste convidado para ingressar nos seniores. Como te sentiste como esse convite?
Foi um dos dias mais felizes da minha vida, senti-me bem, ansioso para que começasse

Muitos dizem que neste ano de transição entre o mundo jovem e o sénior, os jovens jogadores atravessam um longo calvário sem grandes oportunidades. O que tu achas?
Eu penso que é preciso ter paciência e não querer as coisas muito rápido. Há que trabalhar e nunca desanimar, a oportunidade chega sempre quando menos estamos há espera. Também depende do treinador, há quem goste de arriscar outros preferem jogar pelo seguro. 

Em Dezembro rumaste ao Canas de Senhorim. Como surgiu esse convite?
Foi-me dito pelo treinador que eu precisava de minutos, de ganhar experiência... Apresentaram-me clubes interessados e eu escolhi o Canas devido à localização. Como vivo em Nelas ficava tudo mais fácil. 


Como foi a adaptação a este novo clube?
Foi boa, fui bem recebido e tinha colegas que me souberam ambientar no clube. 

Aos poucos agarraste a titularidade e até jogaste numa posição na defesa que não é normal. Como correu esta experiência a central?
 Sim, fiz os jogos todos que era o meu objetivo. A equipa precisou de mim a central e eu dei o máximo numa posição que era desconhecida para mim mas que depressa consegui perceber e correu tudo bem.

E agora para esta nova época. Que perspectivas tens?
Quero elevar um bocado a fasquia. Quero jogar e sentir-me bem a fazê-lo. E se possível no Académico.

Que sonho ainda gostavas de concretizar?
Acho que é o sonho de qualquer jogador jovem na minha situação, quero chegar à primeira liga.

Sendo tu um dos maiores produtos da formação academista, como a descrevias? E o que para ti podia ser melhorado?
O Académico sempre teve uma boa formação de atletas. Bons treinadores e bons jogadores, boas condições de trabalho. Acho que o período mais difícil da formação do académico já passou... Quando "renascemos" andava nos iniciados e notou-se a diferença. Foi muito jogador embora, para outros clubes porque queriam jogar na nacional. Mas penso que aos poucos a formação academista vai voltar a ser o que era e espera que a direção faça por isso. 

És daqueles jogadores que tem sempre um sorriso a jogar. O futebol é a fonte para essa boa disposição? È o segredo para o sucesso?
O futebol sempre foi aquilo que me fazia abstrair e nao pensar nos problemas. É a minha alegria e sempre fiz por gosto, com esforço e dedicação, claro. Sim, penso que se gostar realmente de futebol e sentir a alegria de entrar em campo é um bom caminho andado.

Uma palavra para os sócios, adeptos e leitores do blog.
Continuem a apoiar o Académico, a ir ao estádio, porque este é o clube da cidade, e merece estar bem mais alto. E acho que com adeptos a puxar pela equipa vamos lá chegar. Agradeço o convite para a entrevista e continuem a fazer o bom trabalho que fazem a acompanhar o desporto academista!


Entrevista efectuada por Jorge Sá

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