quarta-feira, julho 11, 2012

Entrevista a Luisinho

Agradecendo desde já a disponibilidade, aqui vão algumas perguntas sobre esta época, sobre o Luisinho e sobre o Académico.


Começando a falar desta época, tendo em conta que vinham de uma época em que não subiram e por isso falharam o objetivo, a época começou com bastante pressão para que este ano fosse de “tudo ou nada”?

Sim é verdade! Tinha-mos na época anterior a ambição de conseguir a subida, mas tal não conseguimos no último jogo em Oliveira do Bairro! Foi um momento muito complicado para mim como para toda a equipa, direcção e adeptos academistas. Este ano como no transacto, o grande objectivo sem dúvida que era a subida, mas quem joga num clube como o Académico, tem sempre a pressão de vencer.


O ano começou com mais um novo treinador. Quais as principais mensagens que o novo treinador vos passou?

Sempre nos disse que com pouco trabalho, dedicação e humildade que as nossas tarefas ao domingo não iam ser nada fáceis, até porque o Académico era visto como um alvo a ‘abater’. Uma das mensagens que ele nos passava era “ quem treinava bem, ao domingo as tarefas eram executadas com mais sucesso”. Então sempre em cada treino preocupava- se que nós déssemos o máximo!


O plantel manteve-se na sua essência. Esse é um dos segredos para a coesão e o sucesso obtido?

Sim, sem dúvida! Esse é um dos segredos do sucesso. É um pouco diferente começar uma época em que já nos conhecemos a todos do que por exemplo entrarem muitos jogadores novos! As rotinas já estão assimiladas pelo grupo de trabalho, é um indicador relevante. Nesta época demonstrámos que éramos como uma família. Havia muita união no grupo de trabalho e sempre uma palavra amiga.


O campeonato começou mal com 3 jogos sem ganhar, ao contrário do ano anterior em que começou com 3 jogos seguidos a ganhar. Começaram a pensar que teriam mais uma época sofrida e com instabilidade?

Não! Tinha-mos um treinador que estava a implementar os seus métodos de trabalho e as suas ideias de jogo, mas sempre acreditei que iriamos conseguir o objectivo final. Demoramos a encaixar na maneira como o mister nos queria a jogar, mas depois criamos mecanismos e a partir daí tudo se tornou mais fácil.


Conte-nos uma história engraçada que tenha acontecido este ano no balneário e que mereça ser contada.

Ainda foram algumas! Mas não sei precisar agora. Por exemplo havia sempre brincadeiras com o roupeiro, entre o grupo de trabalho. Mas também por respeito acho que deve manter se no seio do balneário. Isso é importante para o bom ambiente de grupo! E quando assim é, tudo se torna mais fácil.


Marcaste 3 golos em 27 jogos. No ano anterior, em 19 jogos, foram 8 golos. Quais os motivos para não teres marcado tanto?

Não encontro nenhum motivo! Se calhar um bocado de falta de sorte na hora da finalização, mas não quero ir por esse lado. Foi um ciclo em que não fiz muitos golos, é certo, mas espero que tenha passado. Certamente ajudei a equipa a vencer e isso para mim foi o mais relevante. O mister Lima Pereira dizia me sempre para não me preocupar com essa questão, mas sim para continuar a fazer bem as coisas. Não ajudava de uma maneira, ajudava de outras.


Que golo mais gozo te deu marcar este ano?

Sem dúvida que foi o que marquei contra o Alba na fase final no Fontelo. Foi um golo importante para todos nós, pois manteve nos na luta pelo objectivo final.


Em que momento perceberam que a subida estava nas vossas mãos?

Foi um campeonato sempre muito disputado até ao último jogo, tudo podia acontecer, apesar de só dependermos de nós para subir de divisão. Na minha opinião, a resposta que a equipa deu no jogo em Avanca, contra as contrariedades todas que foram surgindo, demonstramos ser sem margens para dúvidas uma equipa que ia ter sucesso. Mas acho que só quando marcamos o golo no Sampedrense e o árbitro deu por terminado o jogo, é que realmente tive a noção do que estávamos a conseguir alcançar.

Na fase de subida, a meio houve uma quebra, com 3 jogos seguidos sem ganhar, 2 deles em casa. Esta instabilidade causou alguma desconfiança do valor da equipa e da subida. O que aconteceu para não conseguirem ganhar os 2 jogos seguidos em casa, que dariam uma ponta final menos sofrida?

Infelizmente não conseguimos ganhar os jogos, não pela equipa estar mal ou algo do género, mas também nos faltou aquela ponta de sorte. Mas a nós, equipa, nunca nos destabilizou, sabíamos o que estávamos a fazer e acreditávamos todos uns nos outros. Foi uma fase menos boa, mas que rapidamente foi ultrapassada.


Qual o ponto mais alto da época e o que recordas como ponto mais baixo?

Ponto mais alto foi quando fomos campeões em São Pedro, que com o apoio de todos os academistas, mais parecia que estávamos a jogar em casa. Ponto mais baixo, foi a minha lesão no Alba que me tirou da equipa durante dois jogos na fase final.


Qual o jogador chave do Académico este ano? Qual a defesa mais complicada que defrontaste?

Jogador chave foi a equipa no seu todo, desde atletas aos directores passando pela massa associativa. Defesa mas não só, mas na minha opinião foi o Nogueirense.



A subida do Fornos de Algodres há 2 anos falhou nos últimos minutos. Mas finalmente este ano uma subida. Qual a sensação?

É verdade, falhou! Mas tivemos a recompensa que por exemplo teve o Nogueirense este ano. O Fornos de Algodres foi convidado a subir de divisão, mas por diferentes razoes o clube veio a acabar e por isso não participou no campeonato da II divisão. Quanto à sensação, é sempre óptima. É o culminar de uma época longa de trabalho e muitos sacrifícios.



Os adeptos do Académico são muitas vezes criticados por principalmente em casa não darem sempre o apoio desejado. Como se sentem no relvado nesses momentos? Que palavras darias agora aos adeptos?

Os adeptos têm uma maneira muito própria de apoiar a equipa. Somos humanos e todos erramos. Mas nós temos uma profissão mais exposta e num jogo de futebol é normal errar. Nós, atletas, temos que nos tentar abstrair dos comentários que por vezes não são tao bons, mas o futebol é isto mesmo. Temos que saber encaixar as críticas e fazer delas argumentos para trabalharmos ainda mais forte durante a semana de trabalho. As palavras que eu posso dizer aos adeptos é que o Académico é um grande clube e por isso merece todo o apoio possível. Se remarmos todos para o mesmo lado, sem dúvida que é mais fácil fazer do Académico um clube ainda mais respeitado.



Podemos ter um Académico numa II Liga em 2, 3 anos?

Temos que ter os pés bem assentes no chão, neste momento é disfrutar de poder jogar na II divisão, vamos jogar todos os encontros para ganhar, mas não consigo prever uma situação dessas. Mas se isso viesse acontecer, era óptimo para o clube e para a cidade de Viseu.


Qual a ambição para os próximos anos para a carreira?

Como um jogador ambicioso que sou, quero chegar a um patamar acima no futebol português ou quem sabe internacionalmente.


O que dizer do trabalho da Magia do Futebol? Alguma sugestão?

Continuem com o bom trabalho que têm realizado, com as vossas críticas e elogios construtivos e que possam ajudar o Académico a ser ainda mais grandioso.

1 comentários:

Marco Gomes disse...

obrigado pelas excelentes épocas no clube. fiquei muito contente com a tua renovação. espero que continues o bom desempenho!!

sexta-feira, 13 julho, 2012